A campanha do Maio Amarelo iniciou a cinco anos e trabalhou diferentes temas. “Atenção pela Vida”, foi o escolhido em 2014. “Seja você a mudança”, em 2015. “Eu sou mais um”, no ano de 2016. E ‘Minha escolha faz a diferença”, no ano passado. E esta preocupação de conscientizar a população sobre os perigos do trânsito e a necessidade de se comportar obedecendo as leis é totalmente explicada com os dados apontando pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que diz que 90% dos acidentes de trânsito têm como motivação falhas humanas como imperícia, imprudência ou desatenção. Por isso, mais uma vez, entre os assuntos destacados na campanha deste ano estão as combinações perigosas como direção e álcool ou celular.

Estatísticas Brasileiras - Em 2011, quando a campanha foi divulgada, o Brasil ocupava a quinta posição no ranking mundial de países com o trânsito considerado mais perigoso. Na época, os índices apontavam que 40 mil pessoas morriam, anualmente, no trânsito do país. No mesmo estudo, mais um dado triste: os acidentes representavam a segunda maior causa de mortes entre jovens brasileiros com idades entre 5 e 25 anos.

Infelizmente nem tudo melhora com o tempo. Segundo dados divulgados no ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes no trânsito brasileiro saltou para 47 mil em seis anos. No mesmo período, também mais gastos. Enquanto em 2011 os órgãos de saúde pública desembolsavam R$30 bilhões para tratar feridos em acidentes, em 2017, o montante chegou a R$56 bilhões, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). Valor suficiente para construir aproximadamente 1.800 hospitais ou 28 mil escolas. Com o triste resultado, chegamos a uma posição nada invejável no pódio mundial. Somos, hoje, o quarto país que mais mata no tráfego das ruas, avenidas, rodovias e estradas, anualmente.