• CONTENT
Seja um Associado

comunicação

Mercado 21/03/2018 - por Sarah Corazza

Crédito ao comércio exterior voltará a crescer neste ano

Especialistas estão visualizando na melhora da economia uma boa oportunidade para aumentar o volume de crédito voltado ao comércio exterior. Mas deve haver uma diferença considerável entre a demanda dos financiamentos entre importadores e exportadores.

Crédito ao comércio exterior voltará a crescer neste ano

“De um lado sobra recursos para exportação porque não há produtos competitivos o suficiente para vender. De outro, o fim da recessão aumenta a demanda das empresas para as importações, mas muitas delas já se financiam no exterior e isso limita o mercado”, explica o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Os últimos dados do Banco Central (BC) apontam que os empréstimos para importação registraram R$ 280 milhões em janeiro, queda de 26,1% em relação ao mesmo mês de 2017.

Já os financiamentos para exportação subiram 75,7%, de R$ 2,557 bilhões para R$ 4,495 bilhões na mesma comparação. O saldo da balança comercial projetado para 2018 – de US$ 50 bilhões, o que seria o segundo maior superávit da história –, porém, ainda reflete os avanços gradativos da economia e os altos custos de produção do País. “Serão aumentos mais significativos no crédito ao comércio exterior do que o visto nos últimos anos. Isso implica em maior busca pela importação, que propõe um custo menor do que a própria produção doméstica”, avalia o coordenador do curso de economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) Paulo Dutra.

“É preocupante porque sem conseguir exportar, o máximo que se faz é vender no mercado interno, mas a um preço caro. Se houvesse um preço competitivo, até mesmo a venda doméstica seria o suficiente para reduzir drasticamente a importação”, completa Castro, da AEB. Ao mesmo tempo, porém, o próprio mercado de crédito já se prepara para repercutir os números positivos esperados para a balança comercial.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), enquanto o volume exportado avançou 11,9% em fevereiro ante igual mês de 2017 (de US$ 15,5 bilhões para US$ 17,3 bilhões), as importações subiram 13,7%, de US$ 10,9 bilhões para US$ 12,4 bilhões na mesma relação. Ainda conforme o Mdic, os principais produtos exportados pelo País em 2017, em valor, foram: óleos brutos de petróleo (US$ 2,072 bilhões), minérios de ferro e seus concentrados (US$ 1,469 bilhão) e soja mesmo triturada (US$ 1,404 bilhão).

No caso das importações foram: demais produtos manufaturados (US$ 2,902 bilhões), demais produtos básicos (US$ 1,076 bilhão) e aparelhos transmissores ou receptores e componentes (US$ 1,060 bilhão). O gerente geral da unidade de comércio exterior do Banco do Brasil (BB), Thompson César, afirma que a instituição “recriou” no ano passado a área voltada para esses financiamentos e se concentra, agora, em um “projeto de consultoria e treinamento para pequenas e médias companhias”.

“É um trabalho do banco focado para melhorar os processos e trazer um crescimento saudável e sustentável às nossas carteiras”, reforça o gerente executivo da unidade de comércio exterior do BB, Paulo Guimarães. Da outra ponta, a falta de preparo do País ainda preocupa os especialistas ouvidos pelo DCI. “Um dos pontos principais é que é preciso uma definição mais forte da política do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e de transparência em seus processos. Só a volta desse papel mais forte do banco que vai trazer a dinâmica que a economia do País precisa”, diz Dutra. Já segundo Castro, o acordo para iniciar as tratativas de abertura comercial entre o Canadá e o Mercosul, firmado no começo deste mês, só destaca a “necessidade de preparo” que o Brasil precisa ter.

“É preciso andar com as reformas estruturais e investimentos de infraestrutura, principalmente porque nós não estamos preparados para enfrentar a concorrência que essa abertura traria”, opina o presidente da AEB e reitera a inevitabilidade de preços mais competitivos. “Não enxergo mudança no curto prazo, mas é preciso fazer algo logo, porque do jeito que está, não dá para ficar.” (Com informações DCI).

 

leia mais

tv setcepar

COMJOVEM PARANÁ COMJOVEM PARANÁ
Responsabilidade no TRC Responsabilidade no TRC
Multas ANTT Multas ANTT

ANUNCIE - Conheça os veículos, formatos e valores

Café da Manhã

Durante todo o ano o Sindicato realiza diversos Cafés da manhã em parceria com algumas empresas, na ocasião produtos e serviços são apresentados às empresas associadas e/ou ligadas à elas.
Em um ambiente mais informal, aproximadamente 80 participantes apreciam a marca apresentada enquanto saboreiam um delicioso e completo café da manhã.
O Evento acontece na Sede do Sindicato, que conta com a estrutura de um moderno salão de eventos. Investindo apenas R$4.000,00, incluindo o café da manhã e todos os serviços, a empresa contratante terá a preocupação em apenas apresentar-se.