Em 2018 foram registrados 22.183 registros de roubos de cargas no país, uma diminuição em relação à 2017 quando superou a marca de 25,9 mil casos. Mesmo com a queda, os números ainda surpreendem já que os prejuízos somam R$ 1,47 bilhão. “Mesmo a pesquisa apontando uma considerável redução se comparado ao ano de 2017, estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e isso não é aceitável”, diz José Hélio Fernandes, Presidente da NTC&Logística.

A região Sudeste é a que tem a maior incidência de roubos, com 84,79% das ocorrências, sendo seguida pelo Nordeste (64,3%), Sul (5,69%), Centro-Oeste (2,34%) e Norte (0,75%). O estado mais prejudicado no país é o Rio de Janeiro, com 41,39% dos registros, depois vem São Paulo, com 39,39%. Ao olhar as cifras, o Sudeste teve prejuízos de R$ 937,76 milhões, o Norte de R$ 238,96 milhões, o Sul de R$ 152,13 milhões, o Centro-Oeste de R$ 108,03 milhões e o Norte de R$ 36,25 milhões.

O Brasil concentra 61% do escoamento de sua produção na malha rodoviária, que é a maior do mundo dentre as principais economias. Quase tudo o que é produzido internamente viaja pelas estradas brasileiras. Os principais produtos roubados são cigarros, eletrodomésticos, produtos alimentícios, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, produtos químicos, autopeças e confecções. A maior parte dos assaltos, 78%, acontece em áreas urbanas pela manhã, enquanto 22% ocorrem em rodovias, sendo a preferência pelo período da noite.

“O que sabemos é que temos que continuar fazendo um trabalho integrado na repressão, cobrando uma legislação mais punitiva, além de atrelar informação e tecnologia buscando todas as frentes para tentar atenuar ao máximo esse delito”, fala o Presidente da NTC&Logística. A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) realiza o levantamento anual desde 1998, divulgando a estatística nacional de roubos de cargas. O relatório tem com base em informações colhidas formal e informalmente.