Crédito caro e setores econômicos fracos freiam renovação de frota; mercado deve fechar o ano com 110 mil unidades, abaixo das 118 mil de 2024
Apesar da queda acentuada nas vendas no acumulado do ano, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) manteve a previsão de retração de 7% nas vendas de caminhões em 2025, o mesmo percentual projetado em julho. Segundo o presidente da entidade, Arcelio Junior, o último trimestre costuma trazer um incremento de até 10% nas vendas de caminhões, impulsionado pela demanda de fim de ano no comércio e na logística, o que reforça a decisão de manter a estimativa inalterada.
De janeiro a setembro, foram emplacados 81.843 caminhões, queda de 7,58% frente às 88.553 unidades do mesmo período do ano passado. Em setembro, o volume somou 9.579 veículos, resultado 14,09% inferior a setembro de 2024 (11.150), mas 8,79% acima de agosto (8.805). Com a retração, o mercado deve encerrar 2025 com cerca de 110 mil unidades vendidas, abaixo das 118 mil de 2024.
“Apesar da melhora em setembro, influenciada pelo dia útil a mais, o desempenho acumulado segue negativo e a demanda por novos caminhões ainda está contida. O crédito permanece caro e a atividade econômica dos setores que puxam as compras não tem dado sinais de retomada consistente”, afirmou Arcelio Junior.
Para as concessionárias, a retração das vendas de caminhões é atenuada pelo pós-venda, que sustenta o fluxo de caixa e preserva empregos, afirmou o presidente da Fenabrave. “O segmento de caminhões está sentindo, mas temos uma rede sólida, com pós-venda forte. Grande parte dos empregos da rede está vinculada ao atendimento de peças, oficinas e serviços administrativos. Isso garante movimento mesmo em períodos de retração”. Ele revelou que houve crescimento de empregos neste ano, impulsionado pelo pós-venda e pelo desempenho de motocicletas e ônibus”, disse o presidente da Fenabrave.
Para a economista da Fenabrave,Tereza Fernandez, 2026 pode trazer um cenário mais positivo, caso a safra agrícola se confirme forte e haja espaço para queda da Selic. “Minha sensação é de que, em condições normais de temperatura e pressão, podemos ter um desempenho mais positivo no ano que vem.”
Segundo Tereza, muitas empresas usaram 2025 para reorganizar dívidas e, em 2026, a renovação de frota deve ganhar fôlego. “Se o fiscal não explodir e tivermos um início de ciclo de redução da Selic, o mercado já incorpora essa melhora. Mas, se houver necessidade de aumentar juros para financiar o governo, isso pode frear novamente uma retomada.”
Fonte: Transporte Moderno / Foto: Aline Feltrin
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